terça-feira, 29 de junho de 2010

Umas são como Frida. Outras são como Sara.


por Cleison Brugger.

Lendo sobre a história da Assembléia de Deus no Brasil, percebemos que poucas foram as mulheres que se destacaram entre a liderança assembleiana. Entre estas poucas, encontramos uma mulher chamada Frida Strandberg Vingren, esposa do Pastor Gunnar Vingren. Segundo relatos, Frida Vingren era uma líder nata. Só não foi erguida como diaconisa ou pastora, por pressão e desaprovação clerical machista assembleiana da época, já que a mesma tinha todo o apoio do esposo (Gunnar Vingren), que era totalmente a favor do ministério feminino. Frida Vingren:

• Compunha hinos;
• Redigia textos para o Mensageiro da Paz;
• Preparava esboços de pregação;
• Ministrava nas praças e jardins do centro do RJ;

• Dava aula na Escola Dominical da AD em São Cristóvão-RJ;
• Cuidava dos filhos e da saúde fraca de seu esposo (Ela era enfermeira formada),
• Costurava;
• Traduzia hinos do inglês e do sueco;
• Era líder do culto na Casa de Detenção do Rio, cujo auxiliar era o Pr. Paulo Macalão.
• Lia sempre a palavra introdutória nos começos de culto na ADESC;

• e dirigia os cultos na falta do esposo.


Frida chega a escrever um texto no Mensageiro da Paz disciplinando a conduta dos obreiros. Mulher exortar obreiro naquela época? algo incomum e totalmente reprimido pelos pastores da época, mas Frida o fez, obedecendo a um chamado de Deus que não se podia ocultar, tamanha a sua limpidez. Frida Vingren é a figura da esposa do pastor que é enérgica, influente e sempre a frente da alguma coisa na igreja, como a regência do Coral ou do Círculo de Oração.

Ao contrário de Frida, temos uma irmã tão importante quanto, chamada Sara Bérg, esposa do pioneiro Daniel Bérg, também fundador da Assembléia de Deus, junto com Gunnar Vingren.


A mesma não exerceu tanta influência como Frida Vingren, porém, não perdeu sua importância. Se Frida Vingren atuava no palco, Sara Bérg trabalhava por trás das cortinas. Se Frida participava das convenções e reuniões da igreja com o esposo, Sara atuava em oração pelos convencionais. Se Frida Vingren tomava a frente de uma classe para lecionar ou de um púlpito para ministrar, Sara Bérg atuava em oração, com a porta de seu quarto entreaberta.

Assim, concluo que: seja a esposa do pastor enérgica como Frida ou mansa como Sara, ambas são imprescindíveis na obra do Senhor. Seja ajudando nos cultos, seja ajudando em oração, cada uma tem sua função no ministério do esposo.


Aí, prevalece a frase que diz: "Ao lado de um grande homem, sempre tem uma grande mulher", e ainda, dá-se valor e razão ao que o apóstolo disse: "Cada um fique na vocação em que foi chamado." (I Co. 7. 20).

Fonte: Reflexão Pentecostal

terça-feira, 22 de junho de 2010

Charles Spurgeon --- 19 de Junho de 1834


Charles Haddon Spurgeon, comumente referido como C. H. Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892), foi um pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex na Inglaterra.
Converteu-se ao cristianismo em janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. Aos dezesseis, em 1851, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854 Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.

Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas Escrituras Bíblicas lhe deram o título de O Príncipe dos Pregadores, em sua vida, Spurgeon pregou para cerca de 10.000.000 pessoas.


Histórico

A família de Spurgeon, escapando da perseguição contra os protestantes perpretada por Carlos V e Filipe II, fugiu para a Inglaterra.

Após um período de dúvidas e angustias, aos 15 anos, aceitou Jesus como Salvador. Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então com 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso.
Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja, ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de orar por um avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois. Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.
O Tabernáculo, nos dias atuais.
Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o The Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.
Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.
Spurgeon pregando por volta de 1858.
A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos.
Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.
Alguns dos trabalhos escritos mais conhecidos de Charles Haddon Spurgeon:
  • All of Grace — editado em português sob o título Tudo pela Graça
  • Miracles and Parables of Our Lord — três volumes
  • Spurgeon’s Morning and Evening — livro de leituras devocionais diárias
  • The Sword and The Trowel — revista mensal editada por Spurgeon
  • The Treasury of David — comentário em vários volumes sobre os Salmos

Fonte Projeto Spurgeon

Fonte: Projeto Spurgeon

Fidelidade

Oh! Deus de Israel, eu sei,
Que não vim a este mundo pra adorar outro Rei...

Os leões estão rugindo sem parar,
Meu louvor incomodou
A todos que estão contra Ti, oh! Jeová...

Nada pode intercalar o louvor do meu coração,
Dos manjares eu abro mão, os palácios não quero, não,
Eis-me aqui como Daniel, com os olhos focados no céu,
Com o risco de morrer, pois o que importa é Lhe obedecer...

Senhor, não vou dividir minha adoração,
Exclusivo é o meu coração,
Vivo só pra Ti, não abro mão do céu,
Até diante da morte prefiro ser fiel...

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo,
À sombra do Onipotente descansará,
Direi do Senhor, Ele é o meu Deus
O meu refúgio, a minha fortaleza...
Ele me livra do laço do passarinheiro
E da peste perniciosa,
Ele me cobre com Suas penas
E debaixo de Suas asas estarei seguro...
Eu não temo o espanto noturno,
Nem seta que voe de dia,
Nem peste que ande na escuridão,
Nem mortandade que assole ao meio-dia...
Não importa quantos caiam do meu lado,
Direita, esquerda, eu sou protegido,
Se eu for fiel eu moverei o céu,
Ele envia anjos para me guardar...

Claro e convincente (Dicas de como pregar)


C.H.Spurgeon

Irmãos, temos de cultivar um estilo claro ao pregar. Quando um homem não se faz entender o que quer dizer, é por que ele mesmo não sabe o que quer dizer. O ouvinte médio, que não pode seguir a linha de pensamentos do pregador, não deve preocupar-se, se não de lançar a culpa de não entender para o pregador, que tem a responsabilidade de apresentar as coisas claramente.
Se olham para um poço, e está vazio, ele parecerá muito profundo; mas se nele existe água, verão seu brilho. Creio que, se muitos pregadores são profundos simplesmente porque são como poços, nos quais não existe nada, exceto folhas secas, algumas pedras, e quem sabe um ou dois gatos mortos! Se existe água de vida na pregação de vocês, poderá até ser profunda, porem a luz da verdade lhe dará a claridade. Seja como for, esforcem-se por serem simples, de modo que as verdades que ensinam possam ser facilmente recebidas pelos ouvintes.

É preciso que cultivemos um estilo convincente; junto com o ser claro: é necessário que sejamos poderosos. Alguns imaginam que isso consiste em falar com voz forte, mas posso assegurar-lhes que estão equivocados. As tonteiras não são corrigidas vociferando. Deus não exige de nós que gritemos como se estivéssemos falando para três milhões de pessoas quando só estamos falando para trezentas. Sejamos impetuosos devido à excelência de nosso assunto, e à energia do espírito que colocamos ao pronunciar-lo. Em uma palavra, que nosso falar seja natural e vivo.

Espero que abandonemos os truques dos oradores profissionais, o esforço em lograr efeitos, o clímax estudado, a pausa premeditada, a teatralidade, o falar afetado, e não sei mais quantas coisas , que podem ser vistas em certos teólogos pomposos que porventura sobrevivem sobre a terra. Oxalá que tais pregadores cheguem a ser espécies extintas dentro de pouco tempo, e que todos nós aprendamos uma maneira viva, natural, e sincera de pregar o Evangelho; pois estou persuadido de que é bem provável que Deus abençoe semelhante estilo de pregação.
______________ Fonte: Um Ministério ideal tradução: Armando Marcos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Onde está Deus quando as coisas vão mal?


Por Avelar Junior

O texto abaixo, que eu achei belíssimo e que trata da existência do sofrimento e da justiça de Deus, foi citado no livro "Onde está Deus quando as coisas vão mal?", escrito por John Blanchard e publicado pela Editora Fiel. O autor deste texto não é identificado pelo autor, que menciona apenas que ele foi publicado em 1960. (A propósito, recomendo a leitura desse livreto, que tem apenas 40 páginas).


No final dos tempos, bilhões de pessoas se apresentaram diante do trono de Deus. Muitas retrocederam ante a luz que resplandecia diante delas. Mas alguns grupos que estavam na frente conversavam veementemente, não com temor servil, e sim com agressividade: "Deus pode nos julgar?"

"Como Ele pode saber algo a respeito de sofrimento?", questionou uma moça ousada. Ela puxou com rapidez a manga de sua veste para mostrar o número tatuado de um campo de concentração nazista. "Suportamos terror... espancamento... tortura... morte!"

Em outro grupo, um homem curvou o seu pescoço, dizendo: "O que vocês acham disto?", ele perguntou, mostrando uma horrível marca de corda. "Linchado por ser negro e não por cometer algum crime!"

Em outra multidão, uma estudante grávida, com olhos taciturnos, murmurou: "Por que eu tive de sofrer? Não foi minha culpa".

Espalhados ante o trono, havia milhares de grupos como esses. Cada pessoa tinha uma queixa contra Deus, por causa do mal e sofrimento que Ele havia permitido neste mundo. Quão feliz estava Deus em viver no céu, onde tudo era doçura e luz, onde não havia lágrima, nem medo, nem fome, nem ódio! O que Deus sabia a respeito de tudo que os homens tinham sido obrigados a suportar neste mundo? "Deus leva uma vida muito tranqüila", eles diziam.

Cada grupo apresentou o seu líder, escolhido por haver sofrido mais do que os outros do grupo. Um judeu, um negro, alguém de Hiroshima, uma pessoa que fora horrivelmente afligida por artrite e uma criança teratogênica. No centro da aglomeração, eles conversaram entre si.

Por fim, estavam prontos para apresentar o seu caso e o fizeram com muita perspicácia. Antes de se qualificar para ser o juiz deles, Deus tinha de suportar o que eles haviam suportado. Haviam chegado ao veredicto de que Deus fosse condenado a viver na terra - como homem! Deveria nascer como judeu; a legitimidade de seu nascimento teria de ser questionada. Ele deveria realizar uma obra tão difícil, que sua família pensaria estar louco, quando tentasse realizar essa obra. Ele deveria ser traído por seus amigos íntimos; enfrentar falsas acusações, ser julgado por um júri preconceituoso e condenado por um juiz medroso. Deveria ser torturado e, por fim, entender o que significa ser terrivelmente abandonado e deixado solitário. Depois, Ele deveria morrer em agonia, de tal modo que não haveria dúvidas quanto à sua morte. E grande número de testemunhas deveriam comprová-la.

Enquanto cada líder anunciava a parte de sua sentença, um intenso murmúrio de aprovação saía dos lábios das pessoas ali reunidas. Quando o último líder terminou de proferir a sentença, houve um silêncio prolongado. Ninguém proferiu nenhuma palavra. Ninguém se mexeu, pois todos sabiam que Deus já havia cumprido a sua sentença.

Fonte: Púlpito Cristão